Alex Antonio Florindo tem graduação em Educação Física e realizou seu doutorado em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP). É professor de Epidemiologia da Atividade Física, bolsista de Produtividade em Pesquisa nível 1D do CNPq. Seus interesses em pesquisa incluem os determinantes ambientais e sociais da prática de atividade física e da obesidade; experimentos naturais e coortes para estudar práticas de atividade física no lazer, como forma de transporte; obesidade.
Sou da família Florindo de Sapopemba, zona leste de São Paulo. Éramos em sete, o pai, Julio Augusto Florindo, a mãe, Neide Montan Florindo e meus quatro irmãos Cristina da Conceição Florindo, Gilberto Augusto Florindo, Sandra Regina Florindo e Julio Augusto Florindo. Meu avô paterno Antônio Augusto Florindo chegou de Torre de Moncorvo, Portugal, para São Paulo em 1929. Depois trouxe a minha avó (Beatriz Mendes). Ele foi chacareiro, festeiro de Nossa Senhora de Fátima e participou da construção do Mercado Municipal de São Paulo. Foi homenageado com uma rua com o nome dele Rua Antônio Augusto Florindo
Meu avô materno Cilindo Montan, de origem italiana, cuidou de uma chácara na zona leste de São Paulo por mais de 30 anos e foi casado com Ana Marco Montan. Meu pai foi motorista de caminhão e vendedor de carros. Ele trabalhou na construção da primeira linha do metrô de São Paulo. Minha mãe foi uma mulher super forte para dar conta da educação de cinco filhos na periferia de São Paulo. Costureira e exímia cozinheira, certamente seria masterchef nos dias atuais. Tenho dois sobrinhos maravilhosos (Henrique Florindo Valverde, filho da Sandra e Ana Carolina Florindo, filha do Gilberto.
Sempre gostei de atividades físicas. Bons tempos com a vida dividida entre escola, rua e casa na década de 1980 em São Paulo onde as mães tinham que ordenar os horários para os filhos voltarem para a casa. Mas também comecei a trabalhar cedo, com o primeiro registro em carteira profissional aos 13 anos. Pratiquei muitos esportes durante toda a minha vida, tanto coletivos como individuais. Mas o atletismo foi o meu favorito. Aos 15 anos fui aprovado para ser atleta da Sociedade Esportiva Palmeiras, que me deu toda a estrutura para evoluir no esporte com treinador, cadastro na federação, disputa de competições e principalmente ajudas de custos para me manter neste período. A partir daí me tornei um torcedor fanático do clube de futebol. E hoje sou sócio torcedor.
Sempre estudei em escolas públicas no ensino básico. Fiz o ensino fundamental na Escola Professor Victor Miguel Romano, de 1980 a 1988 e o ensino médio na Escola Professor José Marques da Cruz, de 1989 a 1991 . Em 1991, eu prestei o vestibular da FUVEST para o curso de Educação Física na Universidade de São Paulo (USP), mas não consegui passar da primeira fase. A USP era muito concorrida na época. Em 1992, eu comecei a trabalhar no banco Bradesco e prestei vestibular numa universidade particular chamada Camilo Castelo Branco, na região de Itaquera, zona leste de São Paulo, e fui aprovado para o curso de Educação Física.
Me mantive trabalhando no banco até a metade do curso para poder pagar e depois saí por causa dos estágios. Em 1994, durante o curso, eu conheci dois professores na Universidade que contribuíram para mudar a minha vida: Adilson de Souza Araújo e Fernando Roberto de Oliveira. Devo a eles os meus caminhos profissionais atuais, pois me orientaram para seguir no campo da saúde pública. Eu os adotei como irmãos mais velhos e a família ficou maior. Se não fosse por eles e pela ajuda da minha família (meus pais, meus irmãos e meu avô Cilindo Montan), um garoto egresso de Sapopemba não conseguiria ter formação superior e depois realizar o doutorado. Em 1997, além de trabalhar com avaliação física em academias e ministrar aulas de educação física escolar em um projeto de extensão, eu realizei o sonho de ingressar na USP, onde fiz o antigo curso de e especialização em saúde pública da Faculdade de Saúde Pública da USP com 960 horas, curso este que já formou muitos sanitaristas importantes no Brasil.
Depois fiz mestrado (entre 1998 a 2000) e terminei meu doutorado em saúde pública pelo Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP em 2003. Nesse período eu fui orientado pela professora Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre, que foi minha segunda mãe. Agradeço muito a ela por todo o apoio na vida pessoal e profissional.
Posteriormente, fiz um pós-doutorado com o professor Carlos Augusto Monteiro, pelo Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP e foi uma honra ter trabalhado com um dos maiores epidemiologistas brasileiros. Ai sim a minha formação como epidemiologista estava completa e no final de 2005 eu realizei outro sonho de ser aprovado como professor da USP, na Escola de Artes, Ciências e Humanidades USP-Leste, iniciando a partir daí a minha carreira como professor, pesquisador e cientista a partir de 2006. Me orgulho das minhas origens e da minha família, que foram essenciais para a formação do meu caráter e da minha vida profissional.
Atualmente sou professor de epidemiologia de cursos de graduação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e de epidemiologia da atividade física da pós-graduação da Faculdade de Saúde Pública da USP. Nos períodos de mestrado e doutorado eu estudei a epidemiologia da osteoporose e do HIV/aids, e os possíveis benefícios das práticas de atividades físicas relacionados com estas doenças. Eu já trabalhei com validação de métodos para a avaliação da atividade física, desde recordatórios de 24 horas, até questionários para adolescentes, adultos e idosos. Tenho colaborado com o Ministério da Saúde nos últimos 20 anos. Sou da equipe que trabalhou na elaboração do VIGITEL, que é o sistema de vigilância oficial do Ministério da Saúde.
Fiz parte da equipe que elaborou o Guia de Atividade Física para pessoas com HIV/aids do e o Guia de Atividade Física para a população brasileira do Ministério da Saúde. Participei da elaboração de um curso de promoção da atividade física para Gestores da Atenção Básica do Ministério da Saúde.
Sou sócio fundador da Sociedade Brasileira de Atividade Física e Saúde e fui presidente na gestão de 2018 a 2020. Sou membro da Sociedade Internacional de Epidemiologia. Desde 2007 sou palestrante do Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde e tenho participado regularmente de encontros nacionais e internacionais como o Congresso Brasileiro de Epidemiologia, o International Congress on Physical Activity and Health, o International Society Behavioral Nutrition and Physical Activity e o World Congress of Epidemiology. Fui Editor Chefe da Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde e Editor Associado da Área de Epidemiologia da Atividade Física da Epidemiologia. Atualmente sou Editor Sênior do Journal of Physical Activity and Health.
Sou membro da equipe que coordena o SUNRISE, que é um estudo multicêntrico de Vigilância de Comportamentos de Movimento em crianças na primeira infância. No ano de 2007, a partir da minha entrada como professor da USP, junto com os primeiros alunos de pós-graduação, nós criamos o Grupo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas em
Atividade Física e Saúde na USP. Fazem parte deste grupo alunos de iniciação científica, estudantes de mestrado, de doutorado, doutores, pós-doutorandos e professores com interesse no estudo da atividade física em populações e em políticas de promoção da atividade física.
Já trabalhamos com inquéritos transversais para avaliar os níveis de atividade física e fatores associados entre adultos e idosos da zona leste de São Paulo, estudamos intervenções de promoção da atividade física em unidades básicas de saúde também da zona leste de São Paulo, fizemos análises de políticas de promoção da atividade física, de desenho urbano e de transporte relacionados com saúde pública.
Atualmente estamos coordenando o estudo Inquérito de Saúde de São Paulo (ISA)- Atividade Física e Ambiente, projeto temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), que é uma coorte que acompanha adultos paulistanos e tem como objetivo principal verificar possíveis efeitos dos ambientes residenciais nas práticas de atividades físicas no lazer, como forma de deslocamento, na obesidade e em doenças. Já orientei seis doutorados pela Faculdade de Saúde Pública da USP, atualmente sou bolsista de produtividade em pesquisa nível 1D do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e pesquisador com índice h=, com mais de 150 artigos científicos publicados.
Como epidemiologista, investigo como as práticas de atividades físicas se relacionam com a saúde e o bem-estar, visando melhor qualidade de vida.
Meu grupo pesquisa como estão os níveis de atividades físicas na população e tenta explicar porque alguns grupos de pessoas são mais ativas fisicamente do que outras. Além disso, estudamos como as cidades são determinantes no acesso às práticas de atividades físicas no lazer e como forma de deslocamento e para a saúde.
Meu foco é ensinar epidemologia na graduação e pós-graduação, ressaltando sua importância desta área na saúde pública. Sou professor dos cursos da saúde na Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP e da pós-graduação na Faculdade de Saúde Pública da USP.
Acredito na formação de novos pesquisadores e epidemiologistas. Dedico-me à orientação a iniciação científica, de mestrandos, de novos doutores e supervisão de pós-doutorados.
Caso tenha interesse, você pode acompanhar meu trabalho e um pouco da minha trajetória nas redes sociais abaixo.